sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os assassinos da comunicação no matrimonio

“...A resposta calma desvia a fúria,mas a palavra ríspida desperta a ira...” (Pv.15:1)
Porque será que gradualmente se levanta esta parede de “incomunicação” que se interpõe entre duas pessoas que se amam?
É claro, que nenhum dos dois quiseram deliberadamente erguer esta parede; ela cresce paulatinamente desde a primeira vez que se interrompeu a comunicação. O Dr. Henry Brandt, estudou com um grupo de pastores as três armas que as pessoas utilizam para defender-se. Ao utilizar estas três armas, os casamentos constroem uma parede de resistência que impossibilita todo o tipo de comunicação.

A primeira destas armas é a explosão: as pessoas geralmente não querem reconhecer os seus erros e defeitos, e quando alguém lhes aponta, explodem violentamente, e esta forma de re-acionar, se deve a uma ira interior reprimida, resultado de um sentimento de hostilidade. A explosão é um mecanismo de auto-proteção. O Dr. Brandt, aponta que não existe nudez mais grave que a nudez psicológica. Quando alguém e principalmente nosso cônjuge apontam as nossas diferenças lançamos mão de qualquer coisa para cobrirmos; e seja por temperamento colérico ou sangüíneo, nos cobrimos com a ira expressada violentamente. E isto, em pelo romance, é dizer-lhe, seja a ele ou a ela:

“você não tem o direito de se aproximar das minhas debilidades, caso contrario eu vou explodir de raiva e ira”.

A segunda arma é a lágrima: constituem na segunda das armas defensivas que destroem a comunicação. Na maioria das vezes é utilizada pelas mulheres, apesar de alguns homens a utilizarem também. Da mesma forma que a explosão, esta arma também tem o intuito de dizer:

“se mostras os meus defeitos e falhas, eu utilizo a minha arma, ou seja, o choro”.

A primeira discussão depois do casamento leva a mulher a um mar de choro e de lagrimas, isto mostra para seu marido que a sua mulher tem um ponto fraco em sua estrutura e daqui para frente, subconscientemente, ele se absterá de falar sobre algo que a faça chorar de novo. Desta maneira coloca-se outro bloco ou tijolo na parede que impede a comunicação.

É necessário fazermos aqui um parênteses sobre as lagrimas femininas. Nós os maridos devemos aprender a distinguir entre as lagrimas de emoção de tensão e de alegria ou ainda de auto-compaixão, de nossas esposas. As mulheres são seres muito mais intricados que os homens, e quase sempre traduzem suas emoções por meio das lagrimas. Devemos nós os homens ser pacientes e amáveis, porque o ser emocional com quem nos casamos esta atuando simplesmente como mulher. A mulher que se emociona até as lagrimas é capaz de expressar suas emoções em todas as áreas de sua vida. E geralmente este tipo de esposa responde mais a ternura e aos requerimentos do amor que a mulher de olhos secos (a que não chora). Rara vez é frigida a mulher que chora com facilidade e em contra-partida a mulher de olhos secos, ela tende a ter mais dificuldades.

A terceira arma é o Silencio: o silencio é a arma que aprendem utilizar principalmente os cristãos maduros. Com o passar do tempo nos damos conta de que não é uma atitude cristã estarmos irados ou enfurecer-nos, explodir ventilando nossas diferenças para que todos saibam. Além do mais, quando as crianças entram no ambiente em que estamos discutindo, nós não gostamos de que ele nos veja discutindo ou chorando, e a partir daí os cristãos recorrem para o silencio, mais o silencio é uma arma perigosíssima. E ela é perigosa porque rapidamente afoga a comunicação, e se cobra um alto preço tanto o físico como o espiritual das pessoas (todas as partes).

Requer uma grande força de vontade guardar silencio por um período prolongado, a ira pode alimentar esta força. Uma vez que a ira é uma das principais causa da úlcera,e os problemas de pressão alta e muitas outras enfermidades, o que acontece é que o silencio é uma arma extraordinariamente cara para utilizar contra nosso cônjuge.

Aconselhando a um casal a alguns anos atrás, acontecia que o homem falava pausadamente enquanto que a mulher era mais afoita. Cada vez que ele queria dizer algo, ela ficava impaciente e lhe refutava, antes mesmo dele terminar de dizer o que queria. A conversa da mulher era interminável, parecia uma metralhadora disparando rajadas contra seu marido. Logo o pobre homem aprendeu que não poderia competir com ela em uma discussão e aprendeu a utilizar a arma do silencio. Um dia o encontrei na Igreja e lhe perguntei como andavam as coisas, ao que me respondeu que iam maravilhosamente bem, e eu lhe perguntei como solucionou o problema, ele me disse, por meio do silencio, é o único que ela não pode suportar em mim que eu fique calado, quando ela me provoca passo um longo tempo calado sem falar com ela. Dias atrás passei cinco dias sem falar com ela. Neste momento tomei a palavra e lhe disse:

“esta é uma arma muito cara que você está utilizando porque a amargura e a ira produzem enfermidades serias em sua vida”

Pouco eu imaginava o quanto de profético seriam minhas palavras, com o passar de algumas semanas me interei de que o pobre homem padecia de uma úlcera nervosa que estava sangrando muito.

Seria maravilhoso se duas pessoas aprendessem a comentar livremente suas diferenças, e evitar assim os efeitos e os problemas secundários. Recordemos que a ira, a amargura entristecem ao Espírito Santo.

“...Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo...” (Ef.4:30-32 ).

Nenhum homem pode andar no espírito e ao mesmo tempo furioso com sua mulher.

“...Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne...” (Gl.5:16).



Deus os Abençoe

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá querido(a) leitor(a)
Fico feliz por você ter visitado esse espaço e querer expressar a sua opinião, deixe o seu comentário.
Um forte abraço e que Deus te abençoe