sábado, 6 de novembro de 2010

Hoje vamos falar um pouquinho sobre a existência de conflitos no relacionamento conjugal. Um relacionamento sem conflitos é uma utopia, não existe, pois onde houver duas pessoas juntas num propósito ali estará presente o conflito.

Conflitos não devem ser evitados, mas administrados, caso contrário pode aumentar de volume, somando-se a outros, gerando ódio e rancor, e é por isso que Paulo escrevendo aos efésios diz: "Quando vocês ficarem irados, não pequem. Apazigüem a sua ira antes que o sol se ponha” Efésios 4:26

Inicialmente gostaria de deixar clara a diferença entre “problemas” e “conflitos. ”Problemas” referem-se a situações adversas que surgem e que os dois buscam resolver contando com a participação de ambos ou não, já os “conflitos” se dão quando há uma divergência que está colocando um contra o outro, há um choque, estão batendo de frente um contra o outro.

A divergência entre os cônjuges pode ser um simples desentendimento ou mesmo chegar até a destruição do outro. O maior exemplo disso são os homicídios praticados por maridos e namorados contra suas parceiras que vem ocupando os noticiários de TV.

Os conflitos tanto podem separar o casal por não serem bem resolvidos, como também pode se transformar em uma oportunidade para mudanças positivas e até mesmo inusitadas. É o mal que veio para o bem.Há casais que descobrem no conflito, a solução para problemas crônicos no relacionamento trazendo nova vida.
A melhor arma para tratar com os conflitos é o diálogo, a humildade, a compreensão, a tolerância, o respeito à diversidade.

Um conflito pode ser resolvido de maneira que haja um vencedor e um vencido, o que não é bom para o casal, especialmente se dá quando há uma acomodação por uma das partes, que desiste de defender suas idéias, princípios e valores, abrindo mão e sendo infeliz, ou quando a vontade de um é imposta mediante ameaça ou truculência.

Também é possível que ambos percam com a resolução do conflito, por exemplo, quando eles resolvem se separar quando daria para redirecionar o relacionamento.

Mas o sucesso na resolução de conflitos se dá quando os dois ganham com a decisão, não há vencido e nem vencedor, mas a unidade é que saiu fortalecida. É quando há consenso na decisão e o casal se alegra.
As crises costumam trazer conflitos para a relação, por exemplo, crises de saúde, crises financeiras, crises existenciais, crises emocionais. O negócio é estar sempre atento com o que antecede a eclosão de um conflito , podendo assim, diagnosticar as causas e ajustar como resolver a questão.
A ausência de regras claras, de convenções entre o casal, também são nascedouros de conflitos. É sempre interessante deixar claro, o que pode e o que não pode acontecer, quais os limites da individualidade, quem faz o que, quando e como.
Vou exemplificar, uma esposa que tem uma dupla jornada chega em casa e o seu marido não fez nada para ajudar nas tarefas domésticas, revoltada inicia-se uma discussão séria. Talvez se tivessem previamente estabelecido uma regra de conduta para ambos, se tivessem conversado a respeito, a discussão não teria acontecido. Com relação a isso, normalmente o marido acha que arrumando a cozinha de vez em quando, ou fazendo o almoço no final de semana já ajudou muito, mas para a mulher isso ajuda, mas não resolve o seu problema.

Tenha sempre em mente que melhor do que criticar é pedir ou sugerir como quer que as coisas aconteçam. Ao invés de brigar com o marido, seria mais producente pedir que a ajuda seja de continuo.

Vamos então a alguns passos a serem dados para bem administrar um conflito.

1-Diagnóstico: Procurar identificar de forma imparcial o que está acontecendo, porque estão se degladiando. É importante verificar o que vinha acontecendo antes do conflito, pois geralmente um conflito quando eclode é resultado de algo que já vinha se arrastando.

2-Escolher o momento mais propício para o diálogo amistoso. Uma ferida inflamada precisa ser exposta para ser bem curada. Agora é sempre bom pensar que o seu cônjuge,via de regra, não está querendo o seu mal, talvez esteja errado nas suas convicções, nada, além disso.

3-Escutar o outro. As duas partes devem ter a paciência de ouvir tudo o que o outro tem a dizer sem interromper, sem gritarias, ou descontroles.

4-Resolver racionalmente de modo que não haja um vencido e um vencedor, mas que a união continue sendo possível.É sempre bom que ambos diminuam seu níveis de exigência, isso aumenta a chance de cura. Também quando for o caso, ceder pode ser uma estratégia boa, só não pode gerar outros conflitos posteriores motivados por auto piedade, ou mesmo sufocamento daquela que sempre é a parte que cede. Uma boa estratégia é seguir os conselhos bíblicos, entre os quais destaco:

“Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua branda amolece até os ossos. “Pv 25:15

“A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira.” Provérbios 15:1

O amor....”Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. “1 Coríntios 13.

5-Não tentar resolver seus conflitos sem antes colocá-los diante de Deus em oração.Considere o que Salomão ensina: Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento”Pv 3.5. Não pense de forma irredutível que você tem sempre razão, não, considere sempre a possibilidade de não estar certa nos seus pensamentos.Acredite que Deus pode resolver o conflito de vocês.

6-Procure transformar o conflito em problema, pois nele, os dois se juntam para resolver uma questão adversa, e no conflito eles se levantam não contra um inimigo comum , mas um contra o outro.Lembre-se disso, teu cônjuge não é teu inimigo, teu inimigo é o diabo.

Mais alguns motivos de conflitos:

-Esperava o muito e veio o pouco ou não veio nada.

-Planos e metas não são levados à efeito.

-Promete-se, mas não se cumpre.

-Quando a comunicação não é sabia.

-Quando um ofende e não se arrepende ou pede perdão.

-Ira não tratada.

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