quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Onde está o primeiro amor?

Ele se Foi aos Poucos...
Nosso relacionamento era íntimo e andávamos juntos. Todavia o tempo foi passando e parece que você começou a encarar a vida cristã como uma rotina.
Aquela grande empolgação de querer ir à igreja, ler a Bíblia e falar do meu amor começou a se evaporar lentamente. De repente você começou a esquecer tudo que eu havia feito em sua vida e o seu amor por mim começou a ir embora como uma nuvem da manhã que cedo passa.
É verdade que essa mudança não ocorreu de uma hora para outra, mas foi um processo lento; aos poucos o meu santo que odiava o pecado começou a olhar para trás e cobiçar os prazeres profanos deste mundo.
Assim como Israel já liberto da escravidão olhou para trás e desejou as cebolas do Egito, assim como a esposa de Ló já salva da tragédia, olhou para trás pensando no que ficara, de igual forma lhe aconteceu. Depois que alcançou a liberdade, olhou para a escravidão e buscou novamente a maldição.
Então o meu coração, moído de dor, chorou ao ver o meu amado filho sair dos meus braços. Eu o vi como a água se escapando entre os dedos e se perdendo nas incertezas deste mundo; o vi como uma ovelha que fora salva dos lobos, todavia, por rebeldia, novamente se desprendia de mim e fugia para lugares perigosos. Quando o salvei eu havia prometido que ninguém o arrancaria dos meus braços!
Porém fiquei triste quando você se soltou, negou o meu carinho e fugiu por aí... ninguém tinha força suficiente para tirá-lo de mim, sabia?
Meus braços são mais fortes do que o bronze! E o meu amor é infinitamente irreversível. Nem o diabo com toda sua fúria poderia roubá-lo quando você estava habitando no meu esconderijo e dormindo à minha sombra. Pois mesmo você sendo fraco eu sou forte e o vigiei diuturnamente.
Nenhuma das armadilhas forjadas contra a sua vida foram capazes de prendê-lo ou feri-lo porque fui na sua frente. Antes que você chegasse eu estava lá, quebrando os aguilhões de Satanás, preparando um caminho limpo e seguro para que você caminhasse em paz.
Seus olhos humanos não viram quantas vezes o livrei, seu coração não sentiu uma centelha do meu amor que fumegava dia a dia como uma chama inapagável, e sua mente não entendeu o meu propósito que era guardá-lo junto a mim. Ninguém podia roubá-lo dos meus braços, porém nunca detive o seu "livre" arbítrio, sempre lhe ensinei o que era melhor. Sobretudo, cabia a você decidir o que fazer. Poderia me obedecer ou não, pois não o criei como um robô que faz o certo apenas manipulado por alguns botões.
Foi usando essa liberdade de escolha que você se distanciou da minha presença. Não pude forçá-lo a ficar comigo, pois o criei como um ser moral capaz de decidir entre o bem e o mal.
Tentei mostrar o meu amor, minha misericórdia, e que vale a pena obedecer espontaneamente. Todavia quanto mais eu mostrava, mais você tapava os seus olhos e retornava como um louco para as trevas do pecado, tanto que você olhou para trás que o olhar contaminou o coração e o coração embriagado o levou a saborear os amargos da desobediência.
Então aconteceu aquilo que a minha Palavra disse: "Pois, melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: a porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal." (2 Pe 2.21,22.)
Que angústia sofri, mas tive que deixá-lo ir, pois o meu jugo não era mais suave e nem o meu fardo leve! Seus olhos já estavam obscurecidos e você não podia mais ouvir-me gritando: "Filhinho, eu o amo..."
Quero mostrar-lhe como você me deixou lentamente e fazê-lo compreender que meus olhos ainda não o perderam de vista. Tudo começou assim:
FILHINHOS VOLTE, POIS MEUS BRAÇOS CONTINUA ABERTO PARA ABRAÇA-LO SIM...SOU EU
JESUS CRISTO TEU SALVADOR...TE AGUARDO.


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