Laço de unidade.
Deve reconhecer no casamento um laço divino de unidade. À luz deste fato, toda divergência que possa se interpor entre eles é de importância secundária. Que o homem ao olhar para sua mulher, pense com alegria: “Minha missão é ser uma bênção para ela, e não apenas fazê-la feliz aqui na terra. Tenho que me sacrificar para o seu bem-estar eterno. Devo amá-la como Cristo amou a Igreja”.
Levando a sério o plano divino.
“Isso é entre ela e Deus”. Ele reconhece que sua missão, sob a direção do Senhor, é ser o “cabeça” espiritual da esposa”. Como Cristo é responsável pelo cuidado e pelo crescimento da igreja, o marido tem a responsabilidade de cuidar do crescimento espiritual da esposa e dos filhos. Esta comparação está bem clara em Efésios 5. 25-33.
Marido, ame a sua esposa.
SUBMETA-SE À CRUZ PERANTE ELA
Como é que o marido pode se fazer cumprir sua responsabilidade de cabeça? Dominando a esposa? Fazendo com que ela obedeça às ordens? Obrigando-a a ouvir suas considerações sobre a vida espiritual e sobre os princípios que a regem? Não!. Ele o faz dando-se totalmente por ela; isto é, submete-se à cruz diante dela. Pelo seu exemplo, ele mostra à esposa o que significa morrer para o ego. Faz isso não somente para a sua própria santificação, mas também em benefício dela. Em resumo, ele não a “obriga” e nem mesmo a “guia”, no sentido convencional do termo. Antes, ele a aproxima de Cristo, ao permitir que a cruz atue na sua própria vida.
A prática do dia a dia.
Como é que isso funciona na prática? Vejamos um exemplo bem comum: quando os dois se desentendem, o marido deve ser o primeiro a se humilhar e pedir perdão por aquilo que fez de errado. Isto implica em morrer para o ego. Pode ser que a culpa da mulher seja tão grande, ou até mesmo maior que a dele, mas não importa. O encargo do marido é amar sua esposa como Cristo também amou a igreja. Jesus humilhou-se a si mesmo pela culpa dos nossos pecados “sendo nós ainda pecadores”. (Rm 5.8)
Renunciando seus direitos pessoais.
Nesta situação, o marido não julga o pecado da esposa e, acima de tudo, não procura prever o efeito que o seu arrependimento terá na atitude dela. Ele se submete à cruz – nega o seu eu e renuncia a seus direitos pessoais – porque esta é a vontade de Deus para ele, como esposo. A porta de entrada para a vida espiritual e para qualquer bênção é o arrependimento. Como chefe espiritual da família, o homem precisa ser o primeiro a se arrepender.
Segundas intenções.
O pedido de desculpas do marido não é o motivo para que ele seja tentado a dizer: “Agora que eu confessei o meu erro, você deve confessar o seu”! Mas o marido não pode submeter-se à cruz com segundas intenções. Dispõe-se a isso, e o faz antes dos outros membros da família, porque Deus pede isso dele; porque o Espírito Santo operou nele um quebrantamento profundo e verdadeiro por seu próprio pecado, e sabe que o arrependimento e o perdão representam à única solução.
Exortando a esposa.
O marido que se empenha em exortar sua esposa quanto ao dever dela lhe ser submissa à sua autoridade está agindo de forma errada ao que diz a Palavra de Deus.. A missão que Deus lhe confiou foi a de cumprir o seu papel na família e não a de ficar constantemente implicando com a esposa quanto às obrigações dela.
A autoridade com sabedoria.
Moisés foi um dos maiores líderes de todos os tempos. Deus o investiu de grande autoridade. Entretanto, a Bíblia o aponta como sendo um “varão... mui manso mais do que todos os homens que havia sobre a terra”. (Nm 12.3) Quando os filhos de Israel se rebelavam contra ele, Moisés ia para o tabernáculo e ali levava o caso a Deus. O Senhor, então, se encarregava dos rebeldes. (Nm 12.10; 16.33) Porém, quando Moisés procurou resolver as coisas a seu modo, descarregando sobre o povo a sua irritação, Deus foi extremamente severo com ele, a ponto de lhe negar o privilégio de entrar com os israelitas na terra prometida. (Nm 20.2-12). A autoridade exercida pelo marido sobre a esposa e sobre os filhos não é a sua própria; vem de Deus. Deve exercê-la com firmeza a sabedoria, mas é Deus quem a estabelece e mantém.
Recorrendo a Deus.
Se a esposa e os filhos se revoltarem contra essa autoridade, o marido deve recorrer a Deus, em primeiro lugar em oração.
“Senhor, por que razão não estabeleço minha autoridade nesta casa? O que há em mim, que me torna um instrumento inadequado para cumprir os teus propósitos?”. Paulo afirma:
“Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem o cabeça da mulher...” (I Co 11.3).
O exemplo de submissão.
Se a mulher é insubmissa ao marido, é necessário verificar se o marido não está sendo um mau exemplo para ela, agindo como um insubmisso a Cristo. Somente quem sabe obedecer está apto a exercer autoridade. Um homem que tenha uma família rebelde deve verificar o seu relacionamento com Cristo. E verificar se ele tem um relacionamento de aquebrantamento, arrependimento, ternura e mansidão. Se isso acontece Deus o honra confirmar sua autoridade no lar.
Holocausto diário.
A vida e o amor do marido deve ser “holocausto” diário, um sacrifício do ego. Oferecer-se assim à família resultará, inevitavelmente, em um sofrimento para o marido e pai; porém, esta é à vontade e a ordem de Deus. Uma promessa do Senhor, que reúne os dois aspectos desta experiência é o verso de João 12.24: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto”.
Assim, afirma a Palavra de Deus: “Maridos, amai vossas mulheres” isso não implica apenas em ele nutrir sentimentos de carinho e ternura para com a esposa; significa que o marido deve morrer por ela, como Cr5isto morreu pela Igreja. Como resultado dessa “morte”, o Espírito Santo produzirá o seu fruto na vida da família:
Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22).
Marido, ame a sua esposa.
EXERÇA A AUTORIDADE COM HUMILDADE
A autoridade foi dada ao marido e deve permanecer com ele; entretanto, o homem não deve considerá-la um direito seu, mas uma obrigação. Ele nunca deve pensar no poder que lhe foi entregue sem pensar também na responsabilidade que pesa nos seus ombros. Deve reconhecer que o domínio lhe é um fardo e deve carregá-lo como tal.
Em casa, tudo deve ser feito de acordo com a sua vontade, (baseado no bom senso), pois a responsabilidade é dele. Que ele não fuja dela, nem deixe de exercê-la por falta de firmeza, já que fugir é impossível.
A responsabilidade
O marido terá de prestar contas de tudo que, com seu consentimento acontecer em seu lar. Se tolerar o que é insensato, prejudicial e ofensivo à sua família, não haverá justificativa para ele. De nada lhe valerá alegar que permitiu que o leme escorregasse de suas mãos por amor à paz. Que ele não ouse renunciar à sua responsabilidade com o pretexto de que está procurando evitar o mal de uma discórdia doméstica, pois sua responsabilidade não lhe foi dada por homens, mas por Deus.
O marido deve abster-se de uma irritante demonstração de autoridade; todavia, em todos os assuntos de importância, ele precisa, humilde e sabiamente, mas com firmeza e decisão, manter sua posição de cabeça do lar.
Mantendo a liderança.
Uma esposa escreveu certa vez o seguinte: “O importante é que vocês não renunciem à liderança. Não nos entreguem as rédeas. Nós consideraríamos isso como uma abdicação que nos confundiria. Deixaria-nos alarmadas e nos faria retroceder. É bem verdade que às vezes procuramos levá-los a renunciar à sua posição de “número um” em nosso lar.
Essa é a terrível contradição que existe em nós. Aparentemente, estamos lutando com todas as forças para ficarmos com a responsabilidade das decisões; mas no intimo, queremos que vocês vençam. E vocês têm que vencer, pois não fomos feitas para a liderança. Agimos assim só para impressionar”.
Respeitando os espaços.
Embora tenha autoridade e responsabilidade sobre tudo o que acontece no lar, o marido precisa respeitar a esfera de ação da esposa no tocante ao desempenho dos encargos a ela atribuídos. Nesta área, a atuação do marido é de supervisionar apenas, deixando a autoridade e responsabilidade imediata com a esposa. A autoridade do marido não será em nada diminuída pelo fato de ele pedir a opinião da esposa ou deixar que ela decida certos assuntos. Será apenas uma questão de bom senso, desde que tais assuntos sejam da alçada dela. É como se o presidente de uma grande companhia deixasse algumas decisões a cargo de seus chefes de departamento.
Ocupando a posição errada.
Todo mundo tem certa tendência para querer se sobressair naquilo que está fora de sua alçada, e para mostrar sua sabedoria em assuntos que não lhe competem. Cai nesse erro a mulher que vive ansiosa para fazer valer sua opinião nos encargos mais importantes do marido. Nele cai também o homem que se envolve com as pequeninas coisas da economia doméstica e imagina que as compreende melhor que sua esposa.
Apreciando o trabalho da esposa.
A mulher precisa respeitar a autoridade do marido e sua área de ação; e o marido não deve desfazer das atividades, aparentemente corriqueiras, da esposa. Seria uma injustiça da parte dele julgar que o trabalho dela é sem importância. Deve lembrar-se de que é seu dever não somente sustenta-la, mas também trata-la com carinho e delicadeza, respeitando seus sentimentos. Se depreciar o trabalho e as responsabilidades da esposa, também causará a ela uma mágoa profunda, dificilmente reparável.
Valorizando a esposa.
Um conselho quanto à atitude do marido para com sua mulher. Existe uma “vitamina” especial que é imprescindível ao bem-estar de toda esposa. É uma coisa que falta, algumas vezes, até em lares cristãos. A valorização da esposa, ela também precisa sentir-se valorizada, e necessita de motivação. Muitos maridos não se dão conta de como é grande essa carência. Desobrigam-se dela dizendo algo assim: “Olha, meu bem, eu me casei com você, não foi?” ou, então “Agora que eu já me casei com você, não preciso continuar namorando; não é?”.
Jóia fina.
Em Provérbios 31.10 e 28, o escritor sacro descreve o valor de uma boa esposa dizendo que “excede em muito o de finas jóias... Seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas”.
Marido considere sua esposa um tesouro que lhe foi dado por um Deus generoso. Ame-a. Conceda-lhe honras. Reconheça seus talentos. Mostre gratidão pelo que ela procura fazer, e consideração por seus sentimentos. Procure demonstrar o seu amor por ela, todos os dias, com sinceridade e ternura. Essa “vitamina” diária tornará a vida conjugal muito mais compensadora para ela – e para você.
Amai a vossa esposa.
“Maridos, amai a vossa esposa, e não as trateis com amargura.” (Cl 3.19) Nestas palavras, Paulo menciona um defeito encontrado em alguns homens que é pior que todos os outros: a aspereza. Ela acaba com o mais perfeito casamento, mesmo aquele que parecia firme como a rocha. O marido deixa de tomar cuidado com seu modo de agir em relação à “pequenas coisas”, e se permite ser desatencioso em ocasiões quando devia demonstrar amor ternura e o mais elevado respeito.
Age respeitosamente para com qualquer estranho, e é para os de fora que veste suas “melhores roupas”. Entretanto, em casa, ele é uma pessoa totalmente diferente. Seria preferível que magoasse qualquer outra pessoa no mundo, menos aquela que se deu tão completamente a ele.
É dever de o marido procurar alegrar o coração de sua esposa e, através de uma conduta nobre e uma atenção solícita, renovar sempre os laços que os unem. Se ele tem motivos de queixa, que fale com ela, a sós, procurando não ferir os seus sentimentos.
Cuidando para não magoar.
Não pode ser apenas uma ação mecânica, superficial. Todavia, os atos que mostram boas maneiras ajudam o relacionamento, e nenhum casal deve desprezar o seu uso na vida diária. Não se deve ficar indiferente ao problema; boas maneiras não são um incômodo e nem algo ridículo.
O desleixo no trajar e na maneira de falar dentro do lar pode chegar a ser falta de respeito. Sabemos que existe uma estreita relação entre o asseio do corpo e a pureza da alma. Semelhantemente, a negligência das formas aparentes de respeito leva, facilmente, a um menosprezo pela dignidade de si próprio e dos outros.
O que recomenda as Escrituras.
Ao exigir que as esposas sejam tratadas com ternura, e respeitadas como co-herdeiras da mesma graça de vida, as Escrituras acrescentam uma admoestação para os maridos:
“... para que não se interrompam as vossas orações”. (I Pe 3.7) É possível que os sentimentos e o amor-próprio da esposa tenham sido feridos pelo marido, e ela carregue no íntimo essa mágoa secreta, que não ousa revelar a ninguém. Existe, porém, um Juiz que está acima de todos e que se interessa por sua tristeza e defende sua causa.
Quando lhe sobrevém um problema, ou nos momentos de meditação, o marido busca a Deus em oração. É então que Deus o leva a perceber como tem agido para com a esposa. Tratou-a mal ou a magoou? Então a sua oração não pode alcançar os céus.
È quando o esposo se dá conta de que os céus estão fechados para ele. Suas palavras como que caem no vazio; morrem ao chegar aos seus lábios. Há algo entre ele e Deus que impede o seu acesso ao trono da graça – a mágoa que causou à esposa. Deus endurece o coração para com o homem, assim como este endureceu o seu para com a sua mulher. Ele foi cruel para com ela e agora precisa aprender que Deus também pode ser severo para com ele.
Talvez ele tenha entristecido o Espírito de Deus ao tratar a esposa como tratou, e agora Deus faz com que experimente grande pesar. Deus agirá com ele da mesma maneira como ele agiu com aquela que foi colocada sob sua autoridade. Não poderá se reconciliar com Deus antes que, com mansidão e à custa de sacrifício pessoal, se reconcilie com a esposa.
Aprendendo com Jesus.
A autoridade espiritual é baseada num paradoxo. Jesus disse: “Quem quiser ser o primeiro entre vós, será o último e servo de todos.” Ele mesmo deu uma demonstração prática deste princípio quando lavou os pés dos discípulos.É extremamente significativo o fato de esse ato de Jesus ter sido precedido das seguintes palavras: “...sabendo este (Jesus) que o pai tudo confiara às suas mãos ... tomando uma toalha, cingiu-se com ela. (Jo 13.3,4).
Plenamente cônscio de sua autoridade espiritual, Jesus lavou os pés dos discípulos. Seu ato tipifica a autoridade espiritual exercida do modo certo. A fonte dessa autoridade não é o orgulho, nem a força, e nem a autoconfiança, mas a humildade. A autoridade de um marido sobre sua esposa e filhos é espiritual, e lhe é conferida por Deus.
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